Coluna: Serafim de volta ao “game político”! Por Davidson Cavalcante
O ex-prefeito e ex-deputado estadual Serafim Correa (PSB) voltou ao cenário politico nessa última quarta-feira, quando o governador anunciou mexidas e nomeações no que se chama no meio político de secretariado de 2º escalão.
As mexidas atingiram 6 pastas, entre elas, inclui a que Serafim assumiu. Antes ela era comandada por Pauderney Avelino, que subitamente tentou tomar o UniãoBrasil das mãos de Wilson, e como consequência, foi exonerado. Desde então, Wilson e Pauderney travam nos bastidores e agora na justiça, o comando do maior partido político do Brasil.
Mas, ainda falando em Serafim Corrêa, para alegria de alguns e tristeza de outros (principalmente seus eleitores) Serafim foi anunciado pelo governador Wilson Lima (União Brasil) como novo titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
Serafim não conseguiu a reeleição ao cargo de deputado estadual na eleição de 2022. Desde então, em várias entrevistas, afirmou que iria se dedicar a atividades particulares, seu escritório de direito e contabilidade. Em suas declarações não cogitava sequer ocupar cargos no governo federal, vez que seu partido, PSB, tem o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e diversos cargos e ministérios no governo Lula.
O governador já havia contado com Serafim em sua reeleição em 2022, quando recebeu seu apoio no segundo turno do pleito. Agora, Wilson operou o milagre de tirá-lo da aposentaria.
Há quem nos bastidores afirme que essa jogada faz parte de um esforço de Wilson para ter melhor trânsito e receptividade junto ao Governo Federal, uma vez que, como apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo interlocutores próximos, as portas não estavam se abrindo facilmente.
Existe uma tese de que Wilson em Brasília enfrenta inúmeros “chás de cadeiras”, bordão para uma extensa espera para falar com ministros do Governo, e outras forças políticas influentes. Segundo fontes, Serafim pelo bom estadismo e proximidade com o Governo Federal, poderia transpor essa barreira.
E o que Serafim ganhará com isso? Pouco se sabe e só o tempo poderá dizer. Agora, que ter alguém com força política dentro de seu grupo aliado, se fazia necessário para ontem, ou se esquecem aqueles que acompanham a política e os seus movimentos súbitos, que o governador já está em franca campanha para o senado em 2026.
Serafim poder ser o “Dorival Jr.” que ajuste equilíbrio ao time tão técnico do governador, mas, que na hora da pitada política, falta um pouco de calibragem. O técnico e o político não são antônimos na política partidária, aliás nunca foram! Ilusão de quem acreditou que isso seria uma dicotomia.