Doméstica que saiu do Piauí com 17 anos é resgatada mais de 30 anos depois em situação análoga à escravidão no Amazonas

Uma trabalhadora doméstica piauiense, de 51 anos, foi resgatada em uma residência em Manaus (AM) após ser mantida por 34 anos em condições análogas à escravidão.

A vítima vivia em situação de vulnerabilidade com a família em Teresina quando foi levada com 17 anos para Manaus (AM). Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), ela morava e trabalhava na casa em troca de comida, moradia, recebimento de roupas e salário, que não se comprovou superar o minimo do nacional.

A doméstica dormia em um sofá-cama no mesmo quarto da empregadora para cuidados necessários a qualquer hora da noite. Além disso, ela não tinha local apropriado para guardar objetos pessoais.

“Foi mantida por 34 anos em situação de emprego informal, sem garantia de salário-mínimo, sem receber 13º salário, sem limitação de horário de trabalho, sem concessão de folga semanal, sem gozo de férias anuais remuneradas com adicional de ao menos um terço, sem recolhimento ao INSS, sem depósito de FGTS, além dos demais consectários legais do vínculo de emprego”, afirmou o órgão por meio de nota.

A doméstica não completou o ensino fundamental. Ela constava como sócia de uma escola de propriedade do filho da empregadora, sem que, de fato, exercesse a administração do negócio.

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