Indústria de motocicletas deve crescer 26,8% no AM
Fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) devem produzir 1.220.000 de motocicletas, segundo projeções da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). O número corresponde a um crescimento de 26,8% na comparação com o ano passado, quando 961.986 unidades saíram das linhas de montagens.
A perspectiva inicial, apresentada no início do ano, era de 1.060.000 motocicletas.
O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que uma série de fatores levaram a associação a rever os números. Segundo ele, após um primeiro bimestre conturbado por causa da segunda onda de Covid em Manaus, as fábricas tiveram uma curva de aceleração das produções e cumprem o seu planejamento. Há também um aquecimento no mercado das motos.
Fermanian destaca que com a nova previsão, o setor deve ficar próximo ao patamar de 2015, quando foram fabricadas 1.262.708 motocicletas.
Sobre os volumes de vendas, a nova estimativa é de que sejam comercializadas 1.140.000 motocicletas, alta de 24,6% em relação às 915.157 unidades emplacadas em 2020. Já para as exportações, a perspectiva é de que sejam embarcadas 51.000 motocicletas, volume 51,1% superior ao registrado no ano passado (33.750).
Em julho, foram produzidas 95.025 motocicletas, volume 9,9% inferior ao registrado em junho (105.450 unidades) e 3% menor na comparação com o mesmo mês do ano passado (97.920 motocicletas). Fermanian explica que esse recuo na produção já era esperado, devido às férias coletivas das fábricas no período.
No acumulado do ano, a indústria fabricou 663.888 unidades, alta de 35,4% em relação a 2020 (490.137). De acordo com levantamento da Abraciclo, esse é o melhor resultado para os primeiros sete meses do ano desde 2015.
Os emplacamentos somaram 112.538 unidades em julho, o que corresponde a um aumento de 5,5% em relação ao mês anterior (106.680 motocicletas). Na comparação com julho do ano passado, houve alta de 32,2% (85.148).
Segundo dados da Abraciclo, esse foi o melhor resultado para o mês, desde 2014 (121.012 unidades).
“O uso da motocicleta cresceu muito durante a pandemia. Ainda existe desequilíbrio entre a oferta e a demanda, mas, aos poucos, estamos conseguindo atender aos consumidores”, explica o presidente da Abraciclo.
A Street foi a categoria mais emplacada no último mês, com 55.567 unidades e 49,4% de participação no mercado. Na sequência do ranking, ficaram a Trail (21.547 unidades e 19,1% do mercado) e a Motoneta (17.295 unidades e 15,4%).
Com 22 dias úteis, a média diária de vendas em julho foi de 5.115 unidades. Na comparação com o mês anterior, que teve 21 dias úteis, houve aumento de 0,7% (5.080 unidades/dia). Já em relação a julho do ano passado, com 23 dias úteis, a alta foi de 38,2% (3.702 unidades/dia).
No acumulado do ano, foram licenciadas 629.692 motocicletas, volume 44,7% superior às 435.289 unidades emplacadas no mesmo período.
Em julho, foram exportadas 6.026 motocicletas, alta de 36,7% na comparação com o mês anterior (4.409 unidades) e de 36% em relação a julho de 2020 (4.432 unidades).
Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Colômbia foi o principal destino, com 1.582 unidades e 33,6% volume exportado. A Argentina ficou em segundo lugar (1.100 motocicletas e 23,3% do total exportado), seguida pelos Estados Unidos (732 motocicletas e 15,5%).
De janeiro a julho, foram exportadas 32.286 motocicletas, aumento de 115,4% na comparação com o mesmo período do ano passado (14.990 unidades). A Argentina lidera o ranking dos destinos, com 9.445 unidades e 29,7% do volume total exportado. Na sequência, ficaram a Colômbia (7.039 unidades e 22,1% das exportações) e Estados Unidos (6.570 unidades e 20,7%).
Fonte: g1