Ministério dos Direitos Humanos bancou viagem a esposa de líder do CV no AM

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania bancou a ida de Luciane Barbosa Farias, casada com o homem apontado como líder da facção Comando Vermelho no Amazonas, a um evento oficial em Brasília neste mês.

 

O que aconteceu

A pasta, comandada por Silvio Almeida, disse que as passagens de avião e diárias foram pagas a todos participantes e que a indicação de Luciane foi feita pelo Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas.

 

O ministério afirmou que o pagamento da viagem “contém sérios equívocos que precisam ser esclarecidos”. A pasta nega que o ministro ou integrantes do gabinete tenham tido contato ou mesmo participaram da indicação da esposa de um líder do Comando Vermelho.

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Segundo o governo federal, o Comitê Estadual do Amazonas indicou três representantes para o encontro — entre elas estava o nome de Luciane, mulher de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas. Ele é acusado de comandar uma disputa pelo controle do tráfico de drogas em território amazonense e está preso.

 

O pagamento de passagens e diárias a todos os participantes foi feito com orçamento próprio reservado ao Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT), de acordo com o ministério.

 

O governo do Amazonas, que integra o comitê estadual, por sua vez, afirma que Luciane não tinha “legitimidade” para participar do evento como representante do colegiado. Segundo o estado, a sua indicação foi feita pela presidente interina do comitê, Natividade de Jesus Magalhães Maia.

 

O UOL tenta contato com Luciane, mas não conseguiu localizá-la.

 

Nem o Ministro, nem a secretária nem qualquer pessoa do Gabinete do Ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes.Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, em nota

 

Para o mandato do biênio 2023/2025 os membros indicados para fazerem parte do Comitê Estadual, entre eles Luciane Barbosa Farias, ainda aguardam nomeação. Portanto Luciane não tinha legitimidade para ter participado do encontro como representante do colegiado. Diante das informações divulgadas, a Sejusc questionará à Sociedade Civil quanto a manutenção do nome de Luciane como parte do comitê.

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