PC-AM diz que adolescente que atacou colega com caneta deve continuar detido
A resposta da Polícia Civil do Estado foi obtida com exclusividade pela Rede Onda Digital. Em nota a PC-AM disse que o procedimento realizado está dentro do que determina o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
“o adolescente apreendido recebeu acompanhamento da equipe multidisciplinar por meio da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai) e todo o procedimento realizado está dentro do que determina o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)”.
A nota diz ainda que o Juizado de Infância e Juventude Infracional (JIJI) junto com o Ministério Público do Estado, optou pela internação provisória do adolescente.
“o caso foi encaminhado ao Juizado de Infância e Juventude Infracional (JIJI) que, de forma acordada com o Ministério Público do Estado, optou pela internação provisória do adolescente, que se encontra sob responsabilidade do Juizado da Infância”.
Procuramos o Tribunal de Justiça do Amazonas para saber sobre tempo de apreensão do adolescente, e fomos informados que o processo segue em sigilo, o que impede que haja qualquer comentário sobre o caso.
A Rede Onda Digital também procurou a Secretaria de Educação do Município (Semed), que não se pronunciou sobre o caso.
Relato do pai
O pai do adolescente de 14 anos que furou a colega de classe com uma caneta durante apresentação escolar na última segunda-feira (8) veio a público nesta quarta-feira (10) e relatou o tratamento que o filho vem recebendo no local onde está apreendido.
Jhon Kennedy, pai do adolescente, disse em vídeo divulgado nas redes sociais que está sofrendo ameaças de morte e que o filho está apreendido em um lugar que chama de “cela”.
“Estão julgando o meu filho, estão falando dele sem conhece-lo, meu filho está preso em uma cela, de cueca, dormindo em uma pedra, como criminoso, como um assaltante, ele é uma criança”, disse Jhon.
O pai do estudante disse que a reação agressiva do filho foi consequência do bullying que o garoto sofria na escola.
“Meu filho sofria de bullying no colégio, ele agiu por impulso, ele não é criminoso. A gente precisou se mudar da nossa casa por causa das ameaças de morte que estamos recebendo na internet. Prefeitura e governo, nos ajude, estamos desamparados” disse o pai do adolescente em vídeo.