Brasil tem o 16º maior custo com gasolina sobre o salário

O Brasil tem o 16º maior custo de gasolina em relação ao salário médio entre  104 países. É o que mostra um levantamento feito pelo site Poder360 a partir de dados da média de preços da gasolina e da renda média em cada nação. O brasileiro compromete cerca de 20% de sua média salarial para encher um tanque com o combustível.

O resultado mostra que há um conjunto de fatores que definem o maior ou o menor impacto da alta do barril do petróleo sobre a população de cada país: câmbio, renda média, poder de compra e os preços dos combustíveis em si.

Depois do aumento de quase 20% na gasolina da Petrobras, no dia 11 de março, a posição do Brasil nesse ranking mudou do 15º maior custo para o 16º. Não que o combustível tenha ficado mais barato, mas porque houve um rearranjo em escala global, em que alguns países subiram na lista, por causa dos impactos da guerra na Ucrânia. A Polônia, por exemplo, vizinha da Ucrânia, passou da 56ª posição para a 52ª em uma semana….

O Brasil, apesar de estar geograficamente longe da guerra, enfrenta fatores socioeconômicos adversos, que tornam a escalada dos preços dos combustíveis mais penosa para a população.

Em encontro com deputados e senadores da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, no dia 8 de março, pra debater a escalada da cotação do barril de petróleo no contexto da guerra na Ucrânia, o presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), Eberaldo de Almeida afirmou que a desvalorização do real é um dos principais fatores para o Brasil ser mais impactado.

“Qual é a diferença do consumidor brasileiro frente ao consumidor americano? A moeda dos EUA é o dólar, e o Brent é cotado em dólar, e a moeda do brasileiro é real. O grande problema é que o brasileiro tem que comprar em reais. E ele gasta porque o poder de compra do brasileiro caiu. Então, um grande ofensor do preço da gasolina no Brasil é a desvalorização cambial”, disse Eberaldo.  Dos 104 países do levantamento, os Estados Unidos aparecem na 98ª posição. Além da moeda, pesam também o fato de o país ser o maior produtor de petróleo do mundo e a renda média do norte-americano, cerca de 9 vezes a dos brasileiros.

Com informações do Poder 360

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