‘Dinheiro esquecido’: Maior valor resgatado por cliente de banco foi R$ 1,65 milhão, diz diretor do Banco Central
O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central (BC), Maurício Moura, afirmou que o maior valor sacado desde que o sistema Valores a Receber começou a funcionar foi de R$ 1,65 milhão. Ele deu a informação em um evento de gestão pública, realizado em Curitiba, na terça-feira (29).
“Essa pessoa tinha esquecido ou não sabia que tinha R$ 1,65 milhão em nome dela no sistema financeiro e, graças ao sistema Valores a Receber, recuperou esse dinheiro. Era uma série de cotas de consórcio que havia acabado, a pessoa não foi lá para ver como os grupos tinham acabado e tinha esse valor considerável. Imagino que tenha ficado bastante feliz“, complementou Moura.
Até a publicação desta reportagem, o Banco Central não havia informado de qual cidade do país é o cliente milionário. O g1 tenta contato com a assessoria do BC.
A equipe diretiva do Banco Central do Brasil participou na capital paranaense do IV Fórum de Gestão Pública, organizado pela Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), no Teatro Positivo.
O evento foi coordenado pela Faciap e contou com o apoio do G7, grupo que reúne as principais entidades do setor produtivo paranaense.
O Fórum teve uma programação voltada para empresários e profissionais que operam na área econômica.
Evento foi aberto com uma palestra do diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, sobre o tema “Cenário Econômico e Agenda BC”.
Maurício Moura e o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Sérgio Neves de Souza, foram os convidados especiais para participarem do painel sobre “A Importância do Sistema Financeiro na Economia Real”.
O painel teve a participação do presidente da Central Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) PR/SP/RJ, Manfred Dasenbrock; do Presidente do Conselho do Sicoob Central Unicoob Wilson Cavina e do presidente da Central Cresol/Baser, Alziro Thomé.
O Banco Central deu início na segunda (28) a mais uma ‘repescagem’ para os saques da primeira fase dos recursos esquecidos por brasileiros nos bancos, pelo sistema Valores a Receber. Essa repescagem é dos valores da primeira fase do programa. Mais valores serão liberados na segunda fase, que começa em 2 de maio.
Podem consultar os valores e pedir os resgates os clientes nascidos até 1947. Nos próximos dias, o recurso será liberado para os demais grupos.
Mudança de planos
O novo calendário foi divulgado pelo BC no último final de semana. Antes, a previsão era de que a segunda repescagem abrisse na segunda-feira para todos os grupos que perderam a data – e a primeira repescagem – para consultar e pedir o saque. Agora, isso será feito de forma escalonada, que segue a data de nascimento para pessoas físicas, e a data de criação no caso das empresas.
Os clientes terão o dia todo para fazer o pedido – não será necessário seguir um turno de horas como vinha acontecendo até então. O sistema ficará disponível até 16 de abril.
Segunda fase
Em 2 de maio, o sistema Valores a Receber voltará a funcionar – dessa vez, com um segundo lote de recursos. Ou seja, mesmo quem já fez a consulta na primeira fase não encontrou valores, ainda pode ter algo a receber.
“O sistema contará com informações novas repassadas pelas instituições financeiras. Ou seja, mesmo quem já resgatou seus recursos e quem não tinha valores a receber na primeira etapa deve consultar novamente o sistema, pois os dados serão atualizados e pode haver recurso novo”, informou o BC.
Segundo o Banco Central, a sistemática de consulta e pedido de resgate vai mudar nessa segunda fase: não será mais preciso agendar a consulta de valores e o pedido de saque. Já na primeira consulta, será possível pedir o resgate do dinheiro.
“As mudanças foram planejadas para ampliar o acesso ao serviço pelo cidadão. Esse novo ciclo foi pensado para aquelas pessoas que não tiveram oportunidade de entrar no sistema”, afirmou Carlos Eduardo Gomes, chefe do Departamento de Atendimento Institucional do BC.
Até quinta-feira (24), 2,85 milhões pessoas físicas e jurídicas solicitaram resgate de seus valores a receber, totalizando R$ 245,8 milhões.