Efeito climático e alta do dólar pressionam preços dos alimentos

Alterações climáticas, a alta do dólar e a consequente elevação nos preços das commodities pressionam os custos da produção de alimentos, no país. Em Manaus, o cenário ainda é agravado pelos entraves logísticos. Somente nos últimos nove meses, a Associação Amazonense de Supermercados (Amase) registrou aumento médio de 30% nos preços de itens como grãos, carne e óleo.

De acordo com o vice-presidente da Amase, Ralph Assayag, uma série de fatores motivou o aumento do preço dos alimentos, como por exemplo, os danos causados à produção agrícola decorrente da seca prolongada nas principais regiões produtoras, assim como pelas baixas temperaturas nos estados da região Centro-Sul do país; além da elevação do dólar e o encarecimento do valor do combustível, do frete, e das commodities.

“A produção agrícola teve perdas e reduziu em 20%. Os empresários preferem exportar do que vender para o mercado interno. Devido à Covid-19 o consumo nas famílias aumentou. Com menor oferta e valorização da moeda estrangeira os preços dispararam”, analisou.

Outro fator citado por Assayag foi o encarecimento do custo do frete, além da redução no modal utilizado para transportar os alimentos.

“Trazemos insumos da China, onde cinco portos estão fechados. Enfrentamos diversas restrições aduaneiras. O frete de um contêiner custava US$3 mil, atualmente custa US$18 mil e vai aumentar para US$22 mil. Os voos de São Paulo para Manaus que ocorriam com frequência de 13 a 14 por dia, reduziram para sete, diários”, externou.

 

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Texto: Priscila Caldas

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