Bolt não acredita que seus recordes serão quebrados em Tóquio 2020

Usain Bolt nunca foi propriamente o mais humilde dos competidores. Ao longo das suas oito medalhas olímpicas, todas de ouro, sempre esbanjou uma auto-confiança rara de se ver mesmo em atletas nos Jogos Olímpicos. Aposentado das pistas de atletismo, o ex-corredor deu um show de sinceridade na última quinta-feira (24), em uma live do canal de Tóquio 2020. O jamaicano disse que não crê que seus recordes serão quebrados na capital japonesa.

Bolt, que se despediu da Olimpíada diante do público brasileiro na Rio 2016, detém os recordes olímpicos dos 100 (9s63, em Londres 2012) e dos 200 metros (19s30, em Pequim 2008). Aos 34 anos, hoje pai de Olimpia e dos gêmeos Saint Leo e Thunder, ele também detém os recordes mundiais dos 100 (9s58) e dos 200 metros (19s19, ambos conquistados no Mundial de Berlim, em 2009).

“Estou muito confiante [que os recordes não serão quebrados”, disse Bolt, entre risos, sem medo de soar arrogante. “Não estou dizendo que não vai acontecer, mas não acho que a safra de competidores que estou observando bata esses recordes. Vamos ver o que acontece.”

E o jamaicano tem lá seus critérios para defender que suas marcas não serão batidas no Estádio Olímpico de Tóquio. Entre os melhores tempos do ano segundo a World Athletics, Trayvon Bromell (9s77) aparece como uma potencial ameaça nos 100 metros. Já nos 200 metros, o também norte-americano Terrance Laird (19s81) pinta como favorito.

Nessas corridas, há ainda o queridinho do público, e apontado como sucessor natural de Bolt, o norte-americano Noah Lyles. O jovem, que lembra o jamaicano até pelo lado carismático e jeito peculiar de lidar com os fãs, tem tempos inferiores aos rivais (9s95 e 19s90). Ainda assim, ninguém descarta Lyles de uma provável final olímpica.

O ex-corredor encerrou a carreira com o tricampeonato olímpico dos 100 e 200 metros. Além dessas seis medalhas, ainda soma dois ouros nos 4×100 metros em Londres 2012 e na Rio 2016. A medalha na prova de Pequim 2008 foi cassada devido ao doping de Nesta Carter, companheiro de Bolt na equipe jamaicana que desfilou no Ninho de Pássaro, na capital chinesa. Essa é a primeira Olimpíada desde Atenas 2004 sem a presença daquele que ficou conhecido internacionalmente como Raio.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: