Rodolpho Riskalla conquista prata inédita no adestramento paralímpico

Rodolpho Riskalla conquistou nesta quinta-feira o melhor resultado da história do adestramento paralímpico brasileiro. Cavaleiro da classe 4, que engloba atletas com comprometimento moderado dos quatro membros, o paulistano faturou a medalha de prata montando Don Henrico. O conjunto registrou 74,659% de aproveitamento, atrás de Voets/Demantur N.O.P da Holanda, que fechou a apresentação com 76,585%. O bronze ficou com a belga Clayes/San Dior (72.853%).

Duas vezes vice-campeão mundial do hipismo paraequestre, Rodolpho teve mais uma grande apresentação em Tóquio. Cheio de ritmo e embalado por “Aquarela do Brasil” que tocava ao fundo durante sua perfomance, o cavaleiro fez uma boa passagem demonstrando bastante controle de Dom Henrico. Nesta prova, todos atletas fazem uma reprise com sequência de movimentos pré-determinados – não é uma sequência livre dos movimentos com coreografia, caso do “freestyle”.

Com o resultado, o Brasil soma agora cinco medalhas no adestramento paralímpico. O país já tinha conquistado outros quatro bronzes na modalidade. Dois com Marcos Fernandes Alves em Pequim 2008 e outros dois com Sergio Froes Oliva na Rio 2016. Vale lembrar que Rodolpho pode repetir o feito e também fazer dois pódios em Tóquio. Isso porque os oito melhores colocados do adestramento convencional se classificam para o “freestyle”, que acontece na próxima segunda-feira.

Terceiro no programa, Rodolpho precisou segurar a ansiedade e aguardar a apresentação de todos os 15 conjuntos. Ele fechou, inclusive, a primeira metade das provas na primeira posição. Na volta do intervalo, entanto, a primeira a se apresentar, nona do programa, foi a holandesa Sanne Voets. Campeã na Rio 2016, ela repetiu o feito em Tóquio com mais uma belíssima apresentação, quase 2% a frente do brasileiro. A holandesa é também atual campeã europeu e mundial.

– Agora que já relaxou, a gente espera que dê certo. Esporte subjetivo é sempre muito difícil você passar no começo assim, mas a gente foi bem. Agora é esperar. Eu não absorvo muito o entorno. Tento me concentrar só no que está acontecendo ali entre nós dois. Acaba sempre criando uma tensão. O meu cavalo é sensível. E eu não pude treinar nenhum dia sozinho na pista, então cria um pouco de tensão no começo, mas eu o conheço, vai relaxando. Eu tento não prestar atenção em volta – explicou Rodolpho em entrevista após apresentação, quando ainda não tinha o resultado da medalha.

Fonte GE

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