Verstappen comenta protesto da Mercedes e torce por mais disputas com Hamilton

Não faltaram faíscas na rivalidade de Max Verstappen e Lewis Hamilton, mas o mais novo campeão mundial da Fórmula 1 guardará boas memórias da luta que protagonizou, após a vitória e o título que conquistou neste domingo do GP de Abu Dhabi. O holandês ainda comentou sobre os protestos feitos pela Mercedes depois da corrida, que vê como um bom resumo do cenário da temporada:

– Não há muito a dizer sobre isso. Mas acho que isso resume um pouco a temporada – disse.

A primeira solicitação da Mercedes, rejeitada pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA), se apoia no Artigo 48.8, que proíbe os pilotos de fazerem ultrapassagens sob bandeira amarela. A manobra em questão refere-se aos momentos em que Verstappen colocou o carro na frente do rival, aguardando a saída do safety car na pista.

Apenas cinco retardatários (Lando Norris, Fernando Alonso, Esteban Ocon, Charles Leclerc e Sebastian Vettel) receberam autorização para passar os líderes, quando o regulamento indica que todos devem fazê-lo após a autorização do diretor de prova.
Logo após a bandeirada, George Russell, piloto da Mercedes em 2022, chegou a utilizar as redes sociais para criticar a situação; a Mercedes protocolou seu segundo protesto, também negado pelos comissários.
– Tudo estava limpo na pista, então por que dar mais uma volta no safety car? Foi justo da parte da direção de prova. Claro, hoje funcionou pra mim, mas pode dar errado em algum momento, sei disso – opinou Verstappen.

Apesar de ter os dois protestos negados, a Mercedes tem o direito de apelar das decisões dos comissários, o que a equipe já garantiu que fará. Do outro lado, a RBR confirmou que está pronta para defender o resultado da prova.

– Se eles apelarem, assim será. Vamos lutar contra isso no tribunal. Eu não ficaria surpreso, mas o diretor da prova deixou clara a sua posição e a decisão é muito clara. Espero que não prejudique a cerimônia de premiação – prometeu Christian Horner, chefe da equipe austríaca.

O campeão da F1 ganha o direito de correr com o número 1 na temporada que sucede sua conquista. Último campeão dos anos anteriores, Hamilton optou por manter o seu 44, que adotou desde que a categoria permitiu aos pilotos escolherem seus próprios números em 2014. Verstappen, porém, voltou a afirmar que adotará o 1 em 2022, o que já havia prometido no GP de São Paulo em novembro.

– Sim, eu vou usar o número 1. Quantas vezes você pode fazer isso? Talvez seja a única oportunidade na minha vida. É o melhor número que existe, com certeza colocarei ele no carro – garantiu.

Na corrida, o holandês quase viu Hamilton tirar o título de suas mãos. Eles chegaram empatados em 369,5 pontos no campeonato, e foi o heptacampeão quem tomou a dianteira na largada, partindo do segundo lugar. Tudo mudou, porém, com o safety car na volta 54:

– Todos esses últimos dias foram uma montanha russa. Claro que fiquei nervoso de manhã, antes de entrar no carro. Na corrida, novamente aquela montanha russa de emoções, quando você sente que está perdendo a batalha. Mas eu sempre vou continuar me esforçando até a última volta.

A vitória em Abu Dhabi, na ultrapassagem na curva 5 durante a 58ª e última volta da corrida, fez de Verstappen o primeiro holandês campeão da Fórmula 1.

A conquista também coroou sua primeira temporada brigando pelo título desde sua estreia na F1 em 2015 – e contra um heptacampeão mundial -, algo do qual ele sempre se recordará e torce para que se repita.

– Sempre soube que Lewis era um excelente piloto, mas nunca tive a oportunidade de correr contra ele, e foi algo muito especial. Nós levamos o carro e as equipes ao limite. Ano passado eu sentia que não tinha nada a perder, nem a ganhar. Vou sempre lembrar disso, e espero que eu e Lewis possamos continuar fazendo isso por duas ou mais temporadas daqui pra frente – concluiu o campeão.

Fonte: g3

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: