O júri popular do ex-policial José Lauriano de Assis Filho, acusado de envolvimento na morte de Eliza Samudio, pode se estender por até dois dias. O julgamento realizado no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, começou na manhã desta quarta-feira (25), 11 anos após o crime.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no dia 4 de junho de 2010, José Lauriano, o Zezé, sequestrou Eliza e Bruninho, filho dela com o goleiro Bruno Fernandes, então com quatro meses, com a ajuda do primo do jogador, Jorge Luiz Lisboa Rosa. Segundo a promotoria, a ação foi acertada com o goleiro e Luiz Henrique Romão, o Macarrão.
O julgamento, presidido pelo juiz Elexander Camargos Diniz, começou por volta das 10h. Cinco mulheres e dois homens compõem o conselho de sentença, que vai decidir o futuro do ex-policial. A sessão é acompanhada por parentes do ex-policial.
Já a família de Eliza não está presente no Tribunal do Júri.
O processo corre em segredo de Justiça. Ao todo, 20 testemunhas foram intimadas para prestar depoimento durante o júri popular, mas nove foram dispensadas.
As oitivas começaram com o depoimento do delegado Wagner Pinto, atualmente aposentado, que atuou nas investigações do caso Eliza. Perante ao juiz, ele declarou que foram verificados contatos telefônicos de Zezé com outros envolvidos no assassinato da modelo. Disse, ainda, que o ex-policial esteve no motel por onde Eliza teria passado antes de ser morta.
A expectativa é que o depoimento de testemunhas se estenda até a noite. Depois da finalização dessa fase, Zezé será interrogado.
Os debates entre acusação e defesa, que podem ter réplica e tréplica, começam depois de o réu ser ouvido. E, somente na sequência, o conselho de sentença se reunirá para decidir se considera o réu culpado ou inocente.
Fonte: G1
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