Coluna: A vingança de Lula; Por Robson Nascimento

Desde a última terça-feira, dia 16, vem repercutindo o caso do Ex-procurador da Lava Jato e Deputado Federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

Deltan Dallagnol foi procurador da República atuando como coordenador da Lava Jato, se candidatou a deputado federal pelo Paraná e foi eleito com mais de 345 mil votos se tornando o mais votado do estado.

Atuou fortemente no combate à corrupção, comandou investigações, denunciou políticos, empreiteiros e poderosos partidários até que um dia resultou na denúncia crime contra o então ex-presidente Lula. E é aqui que começa a história.

Deltan, em uma apresentação em power point, acusou Lula de ser o chefe de uma quadrilha criminosa que fraudava contratos na Petrobras. Foi responsável por acordos de delação premiada e devolução de bilhões de reais desviados dos cofres públicos.

Teve ainda uma importante participação no projeto “As 10 medidas contra a corrupção”, que claro, óbvio e evidente, foi deformado pelos deputados. Deputado nenhum gosta de ser ameaçado, ainda mais quando se ameaça seus esquemas.

Lula e sua turma claramente não vinham gostando, os ataques e os assassinatos de reputação começaram, o PT e seus partidos satélites buscaram meios com que o então procurador parasse. Por ser muito ativo nas redes sociais e viajar pelo

Brasil realizando palestras de combate à corrupção, entre essas e outras ações, acabaram lhe custando processos administrativos.

Com isso em mãos, PT, PCdoB e PV, alegaram que Deltan Dallagnol não podia permanecer no cargo de deputado federal, pois este estaria enquadrado na lei da ficha limpa, uma vez que candidatos não podiam se candidatar tendo processos. No entanto, a lei prevê condenação e o deputado alega que os processos foram deferidos a seu favor, permitindo sua candidatura.

Aqui há uma indagação: se o ex-procurador não poderia concorrer ao pleito, porque que o TRE-PR, as primeiras instâncias de justiça, advogados, juízes e desembargadores, não o barraram antes? Por que deixaram ir adiante se as primeiras instâncias servem justamente para isso, para não permitirem fichas sujas?

Outra questão também muito bizarra é que relator do processo de cassação do deputado, o ministro Benedito Gonçalves, que em vídeo tem um encontro com Lula para lá de muito amigável com direitos a afagos, tapinhas na bochecha e pedido de “liga para mim”, sem contar sua imensa alegria ao atender o pedido por Alexandre de Moraes para chamar Lula para sua diplomação dizendo: “Missão dada é missão cumprida”, descumprindo condutas éticas e de decoro, pondo em dúvida toda sua conduta como ministro ao deixar evidente seu lado. Aqui vemos claramente um conflito de interesse.

Lula, em entrevista, afirmou seu desejo de vingança àqueles que um dia o colocaram na prisão. Ele sempre demonstrou muita raiva por aqueles que um dia atrapalharam seus planos de poder, agora, novamente na presidência da República, seus planos começaram a ser executados, e com um judiciário, como ele mesmo já disse, “totalmente acovardado”, ministro de justiça e de suprema corte autoritários, sua promessa de vingança tem tudo para acontecer. A caça às bruxas já começou.

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