COLUNA DE POLÍTICA: Alfredo Nascimento e o termômetro das eleições municipais de 2024; Por Davidson Cavalcante.
Com a eleição de 2024 batendo na porta, várias personalidades políticas se aventuram testando seus nomes perante a opinião pública.
Nesse contexto o ex-senador, ex-deputado federal, ex-prefeito e ex-ministro, Alfredo Nascimento (PL), por meio de fontes petistas, teve seu nome junto a uma hipotética especulação, onde cogitam uma possível aliança entre PL e PT a nível nacional, e que poderia desembarcar no AM, segundo bastidores.
As especulações não agradaram a cúpula local do PT que vê essa aliança praticamente improvável, mesmo Alfredo já tendo sido ministro de Lula em eleições anteriores. Hoje estão em lados diametralmente opostos. O PL de Alfredo é a sigla de Bolsonaro, e se tornou a principal via de ‘direita’ por todo território nacional. Porém, às vezes o pragmatismo supera convicções políticos-ideológicas!
Alfredo Nascimento quer voltar a vida pública, isso fica implícito nos bastidores. Hoje ocupa a presidência estadual do PL, muito mais pelo respeito pessoal de Waldemar da Costa Neto, presidente nacional da sigla, já que está sem mandato desde 2018.
Sem um grande cacique para lhe apoiar, Alfredo não tem forças, não consegue andar eleitoralmente com as próprias pernas. Precisa de articulação. Foi conduzido por Amazonino para ser prefeito interventor de Manaus em 1988. Foi eleito vice-governador do Negão em 1994 e eleito prefeito de Manaus com apoio de Amazonino em 1996, sendo reeleito em 2000. Em 2004 saiu da gestão de Amazonino para a gestão de Lula, virando ministro dos transportes. Em 2006 foi eleito senador com apoio de Lula. E em 2014 se elegeu deputado federal, recuando da disputa a reeleição para o Senado.
Nascimento é um cacique político, mas, não tem os holofotes de outrora, todavia, pode se reinventar, e quem sabe atuar nos bastidores, como um experiente e testado articulador político. Afinal, tem um partido para chamar de seu, mas não tem grupo político coeso como outros caciques remanescentes ainda possuem.
Agora, uma aproximação com o PT, no atual momento político ainda fervente do Estado e do país, pode dá um tiro no pé. É melhor se concentrar em agora resolver o imbróglio do seu partido, o PL, para quem sabe torná-lo uma potência eleitoral em 2024. Políticos mesmo veteranos como Alfredo, precisam, e necessitam se reinventar, se não, cairão no ostracismo, se é que já não estão em fim de carreira!