Coluna: O que é a Depressão? Por Felippe Sousa
Você certamente já deve ter ouvido alguém falar sobre depressão, certo? O aumento de pessoas que se sentem deprimidas vem crescendo, além disso, para validar esse dado, existe também o aumento de diagnóstico de pessoas com Transtornos Depressivos. Na América Latina, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão, e segundo nas Américas, ficando atrás dos Estados Unidos. Dados do IBGE apontam que em torno de 15% da população brasileira sofre com a depressão, e é bem provável que você conheça alguém que sofra com esse transtorno.
Mas afinal, que é depressão? Primeiro, é importante saber que não existe apenas um tipo de depressão, e esses tipos apresentam sintomas diferentes. De modo geral, na depressão uma pessoa pode apresentar características como a presença de humor triste, sensação de vazio, sentir se altamente irritável, além disso, pode acompanhar também alterações somáticas (como cansaço, perda de apetite e perda de sono, por exemplo) e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo.
É importante também desmistificar alguns mitos que giram em torno da depressão. Já foi muito comum ouvirmos, e ainda é, que depressão era frescura, que era falta de vontade ou até mesmo falta de Deus, porém, isso não é verdade, a depressão é um transtorno sério, e que pode gerar graves consequências se não tratada pelos profissionais de saúde. As causas da depressão podem variar desde fatores biológicos, hereditários, até eventos específicos, como o luto entre, outros fatores.
Os sintomas que podem surgir na depressão envolvem sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. A sensação da perda da capacidade de sentir prazer ou alegria. Tudo parece vazio, o mundo é visto sem cores, sem alegria. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo “sentimento de falta de sentimento”. Pode ocorrer da pessoa se sentir um peso para os familiares e amigos, e podem passar a pensar a morte como forma de alívio para si e familiares. Pode haver também falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, falta de concentração, queixa de falta de memória, de vontade e de iniciativa. Em relação ao sono, a insônia geralmente é intermediária ou terminal, mas pode haver também hipersonia, em que a pessoa pode dormir demais. No que diz respeito ao apetite, pode haver alteração, tanto para diminuição quanto aumento, quando aumento, há interesse comum por carboidratos e doces. Outra característica que pode surgir, é a redução do interesse sexual.
Em relação ao diagnóstico, este é feito clinicamente. Pode ser feito por um psicólogo ou psiquiatra, ou então por uma equipe multidisciplinar. Existe cerca de 10 tipos de transtornos relacionados aos Transtornos Depressivos, e em caso de identificação com os sintomas acima, é indicado procurar um profissional que faça um diagnóstico criterioso, assim, adequando o melhor tratamento para o transtorno identificado. É importante ressaltar que a depressão tem cura se tratada, por isso, sempre busque ajuda ou sugira ajuda de um profissional para pessoa que você conheça que se encontra num estado depressivo.
Felippe Sousa é Psicólogo Clínico (CRP20/12.182.), formado em Psicologia pela PUC Minas e Pós-Graduando em Psicologia Clínica.
Atende presencialmente em Manaus, AM e on-line para todo o Brasil.
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