Autoridade disse que prédio em Miami era seguro após relatório apontar dano estrutural grave

Uma autoridade municipal de Surfside, na Flórida, garantiu aos moradores do Chaplain Towers, que desabou parcialmente na quinta-feira (24) nos Estados Unidos, que o prédio estava “em muito bom estado” em 2018.

A informação consta na ata de uma reunião de novembro de 2018, que ocorreu um mês após um relatório de engenharia alertar sobre um dano estrutural grave que exigiria reparos.

Mais da metade do Chaplain Towers desmoronou parcialmente na madrugada, quando os moradores dormiam. Nove corpos foram encontrados nos escombros até o momento, e as buscas por mais de 150 desaparecidos continuam nesta segunda-feira (28).

Uma criança brasileira está entre os desaparecidos. Lorenzo Leone, de 5 anos, estava com seu pai, Alfredo Leone, que é italiano, quando o edifício veio abaixo. Sua mãe, a brasileira Raquel Oliveira, não estava no apartamento porque visitava parte da família no Colorado.

O condomínio tinha uma grande deterioração estrutural no estacionamento, sob a torre de 40 anos, segundo o relatório. O documento alertava que uma uma laje estrutural de concreto precisava ser substituída “em um futuro próximo” devido a uma falha na impermeabilização.

O relatório foi emitido pela empresa de engenharia Morabito Consultants. No documento, a empresa não apontou perigo iminente no dano estrutural na área da piscina, mas alertou para a necessidade de reformas extensas que pudessem solucionar os problemas.

O documento apontava uma falha na impermeabilização da laje que ficava abaixo do deck da piscina, que foi feito em uma área plana em vez de inclinada, o que impedia o escoamento da água.

“A impermeabilização está causando um grande dano estrutural à laje estrutural de concreto abaixo dessas áreas”, indicou o relatório. “A não substituição da impermeabilização no futuro próximo fará com que a extensão da deterioração do concreto aumente exponencialmente”.

A empresa recomendou a substituição da laje danificada.

Ela também alertou para “fissuras e estilhaços abundantes” de colunas, vigas e paredes de concreto no estacionamento do prédio. O documento indica que parte dos danos eram pequenos, mas algumas colunas chegaram a ficar com o vergalhão exposto.

Fonte: G1

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