Presos no RJ, suspeitos de ordenar ataques no AM são transferidos para Manaus
Os três presos no Rio de Janeiro durante a operação “Coalizão Pelo Bem” foram transferidos para Manaus neste domingo (20). Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes no final da tarde e, segundo a polícia, são suspeitos de liderarem uma organização criminosa e ordenar ataques ocorridos em Manaus e em cidades do interior.
De acordo com a delegada geral da Polícia Civil, Emília Ferraz, as investigações em torno dos ataques apontaram que os mandantes eram líderes de uma organização criminosa e estavam escondidos no Rio de Janeiro.
A operação foi deflagrada na última sexta-feira (18), em uma ação conjunta com as polícias do Rio de Janeiro e do Pará, onde líderes do grupo criminoso que orquestrou os ataques também foram alvos.
A delegada informou que os três presos no Rio De Janeiro sobre a investigação dos ataques no Amazonas foram Marcelo da Silva Nunes, apontado como principal líder do grupo criminoso no Amazonas, Pedro da Silva de Carvalho, responsável pelo área financeira do grupo e Sérgio Pereira Miranda, que coordenava as ações no interior.
Ainda conforme Ferraz, os três presos serão ouvidos e encaminhados para o sistema prisional de vigilância máxima. Ela disse ainda que, durante a semana, a polícia fará tratativas para que eles sejam transferidos para presídios federais.
A operação tem o objetivo de desarticular uma quadrilha que lavava dinheiro do tráfico de drogas praticado pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro. As investigações identificaram uma forte ligação entre o grupo criminoso do Rio de Janeiro e seu braço no estado do Amazonas.
O grupo criminoso no Rio enviava dinheiros para empresas de fachada no Amazonas. Em um ano, esse valor chegou a R$ 129 milhões. O dinheiro era usado no fortalecimento da facção no Amazonas, bem como para a aquisição de armas e drogas na região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia para o grupo criminoso do Rio de Janeiro.
Durante a investigação, se constatou que a estrutura de lavagem de dinheiro também presta serviço para uma facção que atua nos presídios de São Paulo.
Fonte: G1