CPI deve ter semana agitada com depoimentos de Osmar Terra e Filipe Martins
A CPI da Covid recebe na terça-feira (22) o ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). O parlamentar é apontado como um dos principais articuladores do chamado “gabinete paralelo”, ministério extraoficial da Saúde, que aconselhou o presidente da República durante a pandemia.
Segundo o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Osmar chega à CPI como “potencial indiciado” pela comissão, já que é um dos entusiastas e propagandistas de medidas ineficazes contra a doença.
Também estão programadas para essa semana oitivas com o sócio da Precisa Medicamentos Francisco Emerson Maximiano. Membros da CPI buscam informações sobre o ex-assessor de Eduardo Pazuello, o tenente-coronel Alex Lial Marinho, sobre pressão do militar junto ao governo da Índia para a compra da Covaxin, desenvolvida pela Bharat Biotech e parceira da Precisa Medicamentos.
A CPI recebe ainda o assessor internacional da Presidência da República Filipe Martins, que terá que explicar aos senadores sua participação em uma reunião com representantes da farmacêutica Pfizer. O ex-CEO da empresa na América Latina, Carlos Murillo, revelou durante depoimento à CPI, que representantes da Pfizer tiveram uma reunião com o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wanjgarten, da qual também participaram o vereador Carlos Bolsonaro e Filipe Martins. Agora, senadores buscam comprovar a existência do gabinete paralelo.
Devem prestar depoimento o epidemiologista, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pelotas Pedro Hallal, e da diretora-executiva da Anistia Internacional e representante do Movimento Alerta Jurema Werneck.
Agenda da semana:
Terça-feira (22) – Osmar Terra (deputado);
Quarta-feira (23) – Francisco Emerson Maximiano (sócio da Precisa Medicamentos);
Quinta-feira (24) – Filipe Martins (assessor internacional da Presidência da República);
Sexta-feira (25) – Pedro Hallal (epidemiologista, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pelotas), e Jurema Werneck (diretora-executiva da Anistia Internacional e representante do Movimento Alerta).
Fonte: Com informações do Congresso em Foco