Segundo semestre será agitado nos bastidores da política no Amazonas. Por Davidson Cavalcante

A luta pela preservação dos benefícios da Zona Franca não acabou, apenas mudou de patamar neste semestre

O segundo semestre de trabalho dos políticos amazonenses envolverá muitas articulações visando a eleição municipal do próximo ano e desafios em Brasília para garantir a sobrevida da Zona Franca nos desdobramentos da Reforma Tributária.

No campo eleitoral, o semestre trará a primeira data limite em outubro, quando todos os que pretendem disputar a eleição municipal deverão estar filiados a um partido político no Amazonas. Existem questionamentos, se os principais atores da eleição ficarão nos atuais partidos em que se encontram.

O prefeito David Almeida está no Avante, partido que com muitas dificuldades superou a cláusula de desempenho ao eleger sete deputados federais. Com isso, terá um dos menores tempos na propaganda gratuita de rádio e TV, além de um dos menores orçamentos dos Fundos Eleitoral e Partidário.

O PDT já sinalizou que deseja ter David Almeida em seus quadros no Amazonas, convite feito pelo presidente da sigla, o Ministro da Previdência Carlos Luppi. David desconversa sobre eventuais mudanças partidárias neste semestre.

Outro ator importante na próxima eleição no Amazonas é o deputado federal Amon Mandel, que é do Cidadania, sigla que formou uma federação partidária com o PSDB na época em que os tucanos eram comandados pelo ex-prefeito Arthur Neto, hoje sem partido.

Acontece que hoje o ninho tucano está sob o comando do senador Plínio Valério, que tem planos próprios para a eleição municipal do ano que vem, o que pode representar uma candidatura majoritária dele a sucessão de David.

Neste cenário, especula-se que Amon pode deixar o Cidadania e abrigar-se numa sigla ligada ao governador Wilson Lima (União Brasil), enquanto David Almeida se aproxima do senador Eduardo Braga (MDB).

Principal partido de oposição ao governo Lula, o PL do Amazonas abriga em suas linhas dois virtuais candidatos a prefeito no próximo ano: o deputado federal Alberto Neto e o ex-superintendente da Suframa Alfredo Menezes, que precisarão estar atentos às conversas neste semestre.

Ambos são bolsonaristas, mas só um vai vencer essa corrida para ser o representante da direita na eleição de 2024 no Amazonas. Ao outro poderá sobrar uma troca de partido, que se for o caso de Menezes deve ser efetivada ainda neste semestre.

Os detentores de mandatos eletivos no Amazonas, que eventualmente precisem mudar de partido, têm uma nova oportunidade por volta de Abril do próximo ano, quando se abrirá a janela partidária. Com este mecanismo, Amon, Plínio e Alberto Neto não precisarão se movimentar partidariamente neste semestre.

No entanto, Eduardo Braga se tornou o relator da Reforma Tributária no Senado, fato que deve fazer o atual cacique emedebista, se movimentar com mais veemência, em busca de espaço nas conjecturas municipais, mas, com os olhos em 2026, onde em uma disputa ao Senado, poderá ter dois grandes oponentes nessa ringue; o Governador Wilson Lima e o Roberto Cidade, ambos já trocam figurinhas sobre isso nos bastidores.

Com tantas movimentações políticas em ação, alguém tem dúvida que os políticos do Amazonas não pensam em outra coisa a partir de agora, senão no próximo pleito eleitoral? Próximo semestre promete fortes emoções!!!

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