Governo de SP vai manter obrigatoriedade do uso de máscaras até 31 de janeiro e diz que se Pfizer não liberar doses para crianças vai acionar o STF
O secretário estadual de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse na manhã desta segunda-feira (20) que o governo vai manter a obrigatoriedade do uso de máscaras para todos ambientes, externo e internos, até o fim de janeiro.
No final de novembro, o governador iria liberar a obrigatoriedade do uso da máscara em ambientes externos a partir do dia 11 dezembro, mas recuou e desistiu após o surgimento da variante ômicron.
Jean também disse que se a Pfizer não liberar doses da vacina para crianças do estado de São Paulo, vai judicializar a questão e acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), já que o estado possui autonomia para conter a epidemia. A declaração foi dada em entrevista à GloboNews.
“Na última sexta-feira conversamos com a presidente da Pfizer que disse que a prioridade seria o governo federal. Só que nós não aceitamos essa posição. Se até hoje, no período da tarde, a sua presidente no Brasil, Marta Diez, não se manifestar no sentido de autorizar a venda de 9 milhões de imunizantes para nossas crianças, nós estaremos judicializando no Supremo Tribunal Federal essa decisão para que dessa forma a proteção á vida seja mantida.”
O governador João Doria (PSDB) havia divulgado, na sexta-feira (17), que São Paulo iria negociar diretamente com a farmacêutica a compra da vacina contra Covid-19 destinada a crianças do estado, mas a Pfizer anunciou que pretende continuar as negociações de vacina contra a Covid-19 diretamente com o governo federal, com quem tem contrato ainda ativo para o fornecimento de mais 100 milhões de doses.
Segundo a farmacêutica, o último contrato firmado com a União é de 29 de novembro e “engloba o fornecimento de novas versões da vacina, inclusive para diferentes faixas etárias”.
De acordo com Gorinchteyn, trata-se de “uma emergência sanitária”, já que morreram 2,5 mil crianças de 0 a 9 anos de Covid-19.
Fonte: G1