Caso Iranduba: FAF vai ao Ministério Público Estadual

O presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ednailson Rozenha, esteve na manhã desta quarta-feira (15), na sede do Ministério Público Estadual (MPAM) para pedir apoio nas investigações do caso que apontam fortes indícios de manipulação de resultados por parte do Esporte Clube Iranduba da Amazônia, durante uma partida do Campeonato Amazonense de Futebol Profissional 2023.

No MPAM, Rozenha, acompanhado do Diretor Jurídico da FAF, Hugo Ribeiro, foi recebido pelo Procurador Geral, Dr. Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior e o Chefe do Grupo de Atuação Especial de Controle ao Crime Organizado (GAECO), Dr. Igor Starling Peixoto, e entregou os documentos que mostram as acusações.

“Cumprimos agenda na Polícia Federal que já está em contingências avançadas, na Delegacia Geral com o DRCO também já está com investigações em andamento. Agora, estamos no Ministério Público Estadual com as presenças do Procurador Geral, Dr. Alberto Nascimento e do Chefe do GAECO, Igor Staley Peixoto, que vão contribuir muito com as investigações. Lembrando que na parte administrativa, o Tribunal de Justiça Desportiva, não só confirmou a decisão da Federação, como aumentou as penas”, destacou o presidente da FAF.

O caso

Em coletiva de imprensa, no dia 27 de fevereiro, o presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ednailson Rozenha, comunicou a decisão de suspender o EC Iranduba por dois anos e aplicar uma multa de 100 mil reais. A punição administrativa se deu após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminhar um relatório – feito pela empresa parceira Sportradar – constando evidências de que o clube estivesse potencialmente envolvido no resultado da partida válida pela 5ª rodada do Campeonato Amazonense 2023. Na ocasião, a equipe perdeu para o Amazonas FC, pelo placar de 7 a 0.

Assim que tomou conhecimento dos indícios de fraude e puniu administrativamente o EC Iranduba, Rozenha apresentou também a denúncia ao TJD-AM. Além de levar às esferas criminais, contando com o apoio da Polícia Civil e Federal.

Na última segunda-feira (13), o EC Iranduba, dirigentes, técnico e mais 23 jogadores foram julgados e condenados pelo Tribunal da Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM). O clube foi multado em 200 mil reais e uma suspensão de 900 dias. O presidente Rogério Alves da Silva e o diretor de futebol Stênio Grêmio Andrade receberam a mesma punição cada, sendo 200 mil reais e 400 dias suspensos. Já para o treinador Kleber Joquebidis dos Santos, a multa foi a mesma dos 23 atletas da equipe, 100 mil reais e 200 dias de suspensão.

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