Coluna: O grande irmão; Por Robson Nascimento

No nosso Livros e Café de hoje traz um grande clássico da literatura mundial, o livro 1984, de George Orwel. Uma ficção utópica, “a ideia de uma civilização ideal, imaginária e fantástica” e distópica, “lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação; antiutopia.”

Este foi um dos livros que mais me intrigou, que mais me chamou atenção nos últimos tempos. É bastante futurista, é como se o autor soubesse, por previsão, o que iria acontecer. É obvio que os seus escritos têm como inspiração o regime soviético, achando ele, acredito eu, que as práticas ideológicas do regime, um dia levaria a distopia narrada no seu livro. E ele está acertando.

Muito se tem discutido, no Brasil e no mundo, acerca dos limites da intervenção do estado no cotidiano das pessoas, o livro traz a todos a reflexão a temas atuais como: o que pode acontecer com as liberdades individuais, com a liberdade de expressão, com a privacidade, a vigilância como mecanismo de controle.

O livro fala sobre como é uma nação governada por um único partido. O partido utiliza a vigilância constante, a propaganda e a manipulação da informação para manter a população em um estado de obediência e submissão total. No enredo da estória, você irá conhecer duas pessoas que se opuseram contra o partido e suas consequências, você encontrará muita similaridade com os dias atuais.

Este livro é um alerta, uma retomada de consciência sobre os perigos do autoritarismo. Nos últimos meses o Brasil vem sofrendo ataques constantes a democracia, ameaças e jogos de cartas marcadas, provando que o livro, embora tenha sido escrito há mais de 70 anos, está mais atual do que nunca.

Porque…

“O conhecimento traz liberdade” e o “preço da liberdade é a eterna vigilância”

 

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