Joana Darc alegou estágio supervisionado para negar entrevista antes de vídeo vazar
Antes que seu vídeo no cruzeiro de Wesley Safadão vazasse nas redes sociais, a equipe da deputada estadual Joana Darc (União) alegou compromissos com o estágio supervisionado do curso de Veterinária para negar uma entrevista à TV A Crítica.
A produção da TV A Crítica procurou a equipe de Joana na terça-feira (11) para agendar uma entrevista por conta de um projeto de lei para enquadrar quem tem a Síndrome de Tourette como pessoas com deficiência (PCDs). A resposta da assessoria, encaminhada às 11h22, foi de que “com a chegada do estágio supervisionado, a Joana tá bem focada nas atividades acadêmicas dela. Por isso, não estamos conseguindo fechar entrevistas devido ao tempo corrido”, disse o assessor de Joana, acrescentando que ela “está aprendendo a alinhar melhor os horários dela e, futuramente, estará disposta para ir em entrevistas”.
Veja a íntegra da resposta, enviada na terça-feira:
Assessoria da deputada justificou estágio supervisionado para negar entrevista enquanto ela estava em cruzeiro nas Bahamas (Foto: Reprodução)
No dia seguinte, porém, soube-se que Joana não estava em qualquer atividade acadêmica, mas sim no cruzeiro WS On Board, de Wesley Safadão, ignorando as suas obrigações enquanto parlamentar em votações importantes, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A nota da assessoria de Joana em nenhum momento cita a viagem da parlamentar, que somente depois que o vídeo vazou nas redes sociais se posicionou sobre o assunto dizendo que viajou antes do recesso parlamentar porque estava há seis anos sem férias.
Na publicação nas redes sociais, ela ainda publicou um memorando em que solicita o desconto das faltas nos três dias de sessões da semana que ela se ausentou. O documento publicado, no entanto, não apresenta qualquer comprovação de que ele foi protocolado na Assembleia Legislativa do Estado. Não há qualquer carimbo ou número de protocolo, o que é praxe quando é dada entrada em qualquer documento oficial. A reportagem procurou a assessoria da Assembleia Legislativa para saber se o documento foi de fato protocolado. Não houve resposta.