Presidente da Anvisa diverge de Bolsonaro na CPI da Covid

O presidente da Anvisa, Barra Torres, falou nesta terça-feira (11) por mais de seis horas na CPI da Covid e em vários momentos discordou da postura do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia. Ele condenou a cloroquina e defendeu o isolamento social, o uso de máscara e a vacina.

Como testemunha, Barra Torres assumiu o compromisso de falar a verdade – e, a partir daí, não fugiu de nenhuma pergunta.

Depois de prestar solidariedade às vítimas da Covid, Barra Torres respondeu os senadores de forma direta e técnica. Uma das questões centrais do depoimento dele era esclarecer se houve algum tipo de interferência política nas decisões técnicas de combate à pandemia.

Uma das funções centrais da Anvisa é a aprovação de medicamentos e vacinas. Em abril, a agência foi criticada por negar o pedido de importação excepcional da Sputnik, que já é usada em outros países. Nesta terça (11), Barra Torres foi cobrado pela decisão. Ele repetiu que o fabricante não entregou todos os documentos necessários para garantir a segurança da Sputnik e explicou que a negativa não é definitiva e que uma nova análise depende de o fabricante entregar os dados pedidos pela agência.

“Tão logo eles apresentem, a análise será feita – ela será feita dentro do prazo legal –, e o nosso posicionamento será firmado. É muito importante que se entenda que esse processo que fizemos de interrupção ou de negativa da autorização excepcional de importação – aí é outra questão – não deve somar a esta marca Sputnik V nenhum pensamento negativo. Isso faz parte do processo”, garantiu Barra Torres.

Fonte: G1/Jornal Nacional

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