Defesa alega legítima defesa em morte de borracheiro na Zona Norte de Manaus
MANAUS — A defesa do empresário Diogo Marcel Dill, de 34 anos, afirmou neste domingo (28) que ele agiu em legítima defesa no episódio que resultou na morte do borracheiro Sidney da Silva Pereira, de 36 anos. O crime ocorreu na manhã de 25 de dezembro, na Avenida Camapuã, no bairro Cidade Nova, Zona Norte da capital amazonense.
Segundo o advogado, Diogo se apresentou espontaneamente à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), acompanhado da defesa, com o objetivo de colaborar com as investigações. “Em nenhum momento houve intenção de fuga. A intenção dele é esclarecer todos os fatos”, afirmou. A defesa sustenta ainda que não houve dolo de matar e que a morte teria ocorrido durante uma reação a uma suposta agressão injusta. “Ele agiu em legítima defesa contra um cidadão que estaria embriagado e teria atentado contra a vida dele. Ao se defender, infelizmente, ocorreu o óbito”, disse o advogado.
Durante entrevista, o defensor relatou que a família do empresário estaria sendo alvo de ameaças e atos de vandalismo, incluindo a quebra da porta de vidro de uma churrascaria ligada à família. Segundo ele, os fatos serão apurados pelas autoridades. “Não estamos fazendo acusações contra a família da vítima, mas acreditamos que pode ter havido algum tipo de retaliação”, declarou.
A defesa também afirmou que há informações de que festas com som alto e consumo excessivo de bebida alcoólica seriam recorrentes no local onde a vítima morava, o que teria causado incômodo frequente a vizinhos. O advogado disse que testemunhas estariam dispostas a prestar depoimento em favor do empresário.
Questionado sobre a possibilidade de Diogo ter ido ao local para intervir em uma confusão envolvendo mulheres, o defensor negou. De acordo com a versão apresentada, o empresário permaneceu em sua residência com a família na véspera de Natal e teria apenas tentado conter os ânimos de uma confusão que ocorria em frente à casa. A defesa acrescentou que a polícia teria sido acionada diversas vezes em razão de som alto e disparos de fogos, situação que, segundo o advogado, já vinha sendo registrada desde o dia anterior ao crime.
O advogado também negou que o empresário estivesse sob efeito de álcool ou drogas no momento do ocorrido. “Ele não bebe, não fuma e não usa drogas. É empresário, nunca teve passagem pela polícia e sempre manteve uma relação respeitosa com os vizinhos”, afirmou. A defesa confirmou que Diogo faz uso de medicação para ansiedade e depressão, mas ressaltou que isso não compromete sua permanência sob custódia e que os remédios serão administrados conforme orientação médica.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Amazonas. O Tribunal de Justiça do Amazonas decretou a prisão temporária por 30 dias do suspeito, enquanto as autoridades apuram as circunstâncias do crime e analisam as versões apresentadas


