‘O sonho dela era ter uma casa própria’, diz prima de vítima de deslizamento de terra em Manaus, que completa uma semana neste domingo

“É uma dor que não passa, tem horas que a gente se pega pensando nela e quando vê as lágrimas estão descendo pelo rosto […]. Está sendo muito difícil”. Esse é o relato da dona de casa Helena Barbosa, prima de Jucicleia Barbosa de Lima, uma das vítimas do deslizamento de terra que matou 8 pessoas em Manaus, no último dia 12. A tragédia completa semana neste domingo (19).

O deslizamento ocorreu na Comunidade Pingo D’Água, na Zona Leste da capital, após a forte chuva que atingiu a cidade naquele dia. Na parte de cima do barranco que cedeu, o acúmulo de lixo em uma lixeira viciada somado ao solo encharcado acabou ocasionando o acidente, segundo prefeito David Almeida.

Uma semana após a tragédia, as famílias tentam lidar com a dor de perder os entes queridos e buscam forças para recomeçar com o pouco que sobrou. No caso da família de Jucicleia, a situação ainda é mais difícil, já que os parentes tiveram que enterrar mãe e filha, que morreram abraçadas.

Mãe e filha morreram soterradas durante deslizamento em Manaus. — Foto: Divulgação

Mãe e filha morreram soterradas durante deslizamento em Manaus.

“É uma dor que não passa, tem horas que a gente se pega pensando nela e quando vê as lágrimas estão descendo pelo rosto […]. Está sendo muito difícil”. Esse é o relato da dona de casa Helena Barbosa, prima de Jucicleia Barbosa de Lima, uma das vítimas do deslizamento de terra que matou 8 pessoas em Manaus, no último dia 12. A tragédia completa semana neste domingo (19).

O deslizamento ocorreu na Comunidade Pingo D’Água, na Zona Leste da capital, após a forte chuva que atingiu a cidade naquele dia. Na parte de cima do barranco que cedeu, o acúmulo de lixo em uma lixeira viciada somado ao solo encharcado acabou ocasionando o acidente, segundo prefeito David Almeida.

Uma semana após a tragédia, as famílias tentam lidar com a dor de perder os entes queridos e buscam forças para recomeçar com o pouco que sobrou. No caso da família de Jucicleia, a situação ainda é mais difícil, já que os parentes tiveram que enterrar mãe e filha, que morreram abraçadas.

“A situação ainda é mais dolorosa, porque a Heloiza era a única filha dela. E foi uma tragédia que por pouco não levou mais gente da família, porque a mãe dela morava no local, também. A lama bateu na parede da casa e, por sorte, não levou a casa dela [mãe de Jucicleia] também”.

A família morava no local há três anos e sonhava em ir para uma área onde tivesse o mínimo de infraestrutura, como ruas asfaltadas, água encanada e energia elétrica.

A notícia da morte ainda abala a dona de casa. Ela conta que viveu momentos de angústia e pânico ao descobrir a morte da prima, mas achava que seria uma outra situação. No local, a tragédia ficou ainda mais evidente.

“Eu estava conversando com a minha mãe por telefone, e a minha filha chegou chorando já e eu fiquei desesperada, mas achei que por ser uma área muito perigosa, tinha acontecido um assalto ou coisa do tipo. Eu não imaginava que tinha sido daquele jeito. Quando eu soube, chamei a irmã dela e fomos para o local. Ela era uma prima-irmã para mim, estou sentindo muito a falta dela”.

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