Coluna: Juntos até quando? Por Felippe Sousa
Hoje em dia, nos deparamos cada vez menos com pessoas que sonham em construir relacionamentos duradouros ou eternos, mas essas pessoas ainda existem. Você é uma delas? Você aí já deve ter parado para pensar que os relacionamentos não têm durado mais tanto como antigamente.
Cada vez mais as pessoas entram e saem de relacionamento, o número de divórcio tem crescido cada vez mais e o tempo médio de duração do casamento tem despencado, chegando, atualmente, a pouco mais de 13 anos. Mas afinal, o que tem mudado para que os relacionamentos durem tão pouco?
Vamos partir aqui, de outra pergunta: será mesmo que os relacionamentos devem “durar para sempre”? Aparentemente, herdamos costumes e valores de pessoas que viveram a experiência de relacionamento em uma época diferente da nossa, sobretudo para pessoas religiosas, que atribuem um valor maior ainda nos relacionamento, como o casamento, por exemplo. A verdade é que ninguém pensa entrar num relacionamento esperando pelo término. Porém, ao mesmo tempo, a sociedade se desenvolve num ritmo veloz, em que um costume que eram comum ou entendido como de valor, como o relacionamento que tem que “durar para sempre” acaba não mais acontecendo, ou melhor, não acontece mais com frequência.
Nos novos modos de se relacionar, pode-se até ter em mente que o relacionamento vai durar para sempre, porém, não é bem assim que acaba acontecendo. O que podemos pensar a partir daqui é que o costume e o valor permaneceram de certa forma, enquanto a sociedade mudou.
A sociedade atual oferece uma quantidade de estímulos e possibilidade de conhecer outras pessoas por quem possa se atrair, que é absurdamente maior do que a de alguém que quis viver um relacionamento ou casar-se há 30 ou 40 anos. Isso certamente vem contribuindo para que os relacionamentos se dissolvam com maior frequência.
No entanto, é preciso também que as pessoas pensem a respeito de suas responsabilidades ao proporem um relacionamento, porque, por mais que exista um universo de atrativos fora do relacionamento, existe também a responsabilidade de quem escolheu estar no relacionamento.
Dessa forma, uma dos motivos da dissolução dos relacionamento é que as pessoas levam em consideração seus valores na hora de se relacionarem, mas nem tanto o contexto no qual estão se relacionando.
Felippe Sousa é Psicólogo Clínico (CRP20/12.182.), formado em Psicologia pela PUC Minas e Pós-Graduando em Psicologia Clínica.
Atende presencialmente em Manaus, AM e on-line para todo o Brasil.
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